Círculo de Arte #7 - A imagem gravada de Coatlicue Programação pública

23 Out 2021 16:00 - 17:00 Pavilhão da Bienal
Vista da imagem gravada de Coatlicue, um dos enunciados da 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan /Fundação Bienal de São Paulo
Vista da imagem gravada de Coatlicue, um dos enunciados da 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan /Fundação Bienal de São Paulo

Os Círculos de Arte são momentos de conversa entre o público e a equipe de mediação da 34ª Bienal que têm por objetivo a construção compartilhada de sentidos sobre as obras expostas e as possíveis relações entre elas. Inspirados nos princípios de autonomia, horizontalidade e dialogicidade propostos por Paulo Freire, serão realizados treze Círculos de Arte, um por semana, sobre os enunciados que organizam a exposição.

Inscrições abertas aqui! As vagas são limitadas.

Local: espaço de mediação, localizado no térreo



Círculo de Arte #7 - A imagem gravada de Coatlicue 
O que é irredutível em você? Qual história você deseja mudar? Com essas perguntas abriremos o Círculo de Arte dedicado ao enunciado Coatlicue, também conhecida como "Dama de la Falda de Serpientes" [senhora da saia de serpentes], deusa da mitologia asteca, padroeira da vida e da morte. Em 1790, um grupo de trabalhadores que fazia escavações na Praça Central da Cidade do México descobriu uma estátua de 24 toneladas e 2,5 metros de altura de Coatlicue. O vice-rei Revillagigedo ordenou que Coatlicue fosse levada para a Universidade Real e Pontifícia do México como uma relíquia do passado mesoamericano, mas o medo de despertar a memória dos indígenas subjugados ia acompanhado do pavor por sua beleza brutal, fora dos cânones ocidentais de harmonia e decoro. Enterraram-na novamente sob o claustro da universidade, até que, em 1804, um curioso Alexander Von Humboldt, pediu para vê-la durante sua visita à Nova Espanha. As crônicas narram que o explorador alemão começou a desenhá-la sem, no entanto, completar a ilustração: os religiosos da universidade tornaram a escondê-la sob a terra, talvez temendo que seu poder se tornasse incontrolável, e Humboldt teve que soltar as rédeas de sua imaginação para imortalizar a aura poderosa de Coatlicue em seus esboços.




Círculo de Arte #7 - A imagem gravada de Coatlicue Coatlicue
23/10, sábado, 16h
Ponto de encontro: Espaço de Mediação do térreo

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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