Claude Cahun

Vista das obras de [view of the artworks by] Claude Cahun na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
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Vista das obras de [view of the artworks by] Claude Cahun na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
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Nascida numa família da alta burguesia francesa, Lucy Schwob, cujo nome artístico é Claude Cahun (1894, Nantes, França – 1954, Saint Helier, Jersey), recebeu uma educação ampla e profunda, que incluíu estudos de filosofia e literatura na Universidade de Paris, Sorbonne. Conhecida principalmente por seu trabalho como fotógrafa, Claude Cahun está entre os grandes nomes da fotografia surrealista, ao lado de Lee Miller e Dora Maar. Ao mesmo tempo, Cahun se destacou como poeta e ensaísta, e ainda como autora teatral, encarnando assim a figura de artista total, cuja prática é inseparável da vida pessoal. Membro ativo da resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial, Cahun foi presa em 1944 e condenada à morte, mas acabou se salvando quando a ocupação alemã chegou ao fim.  

A maioria de suas fotografias são “tableaux fotográficos” encenados e cuidadosamente construídos, que brincam com a noção de identidade ao passo que a questionam. Referência visual fundamental no campo dos estudos de gênero até hoje, as fotografias de Cahun foram radicalmente originais em sua época. Em muitos de seus autorretratos, Cahun se disfarça, usa máscaras, exibe ora uma feminilidade ultrajante, ora, ao contrário, uma masculinidade assertiva, raspa o cabelo e encarna personagens diversos como o dândi ou o esportista. Sua arte é uma arte da metamorfose, o retrato de uma performance que é ao mesmo tempo íntima e pública, uma demonstração e defesa da singularidade e uma recusa de sustentar o status quo dominante e seus preceitos. Além da multiplicidade de personagens e personalidades exibidas, a recorrência de reflexos, simetrias e multiplicações das imagens confirma o desejo de escapar do binário e do previsível. Muitas vezes feitas em casa, com a colaboração de seu parceiro romântico Marcel Moore (nascido Suzanne Malherbe), essas fotografias ainda não haviam sido expostas publicamente em 1954, quando Cahun morreu. Só na década de 1990 o conjunto de sua obra começou a receber atenção mundial.

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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